terça-feira, 15 de maio de 2012

Quem foi? (Um pequeno conto de misterio). Podem resolvê-lo?

Enquanto Amalia ia viajando no trem, via como o campo se entendia ao longo da janela. Apenas uma pequena arvore quase no meio indicava o agreste da paisagem. Faltava muito ainda. A última estação ficara umas três horas atrás... Olhou o seu relógio. A província de Buenos Aires era grande demais, e o trem era excessivamente lento. No vagão, só duas pessoas. Ela e uma senhora loura, de uns quarenta anos, que não se preocupava pela paisagem e lia uma revista quase com devoção. Levantou-se do banco e foi beber um café para o vagão-restaurante, que não ficava longe. O lugar estava vazio, só o garçom, mais aborrecido do que ela. Trouxe-lhe o café sem que ela o pedisse. Só perguntou se gostava do açúcar ou do adoçante, nada mais foi dito na hora seguinte. Só fumou mais dois cigarros. A paisagem continuava do mesmo jeito, mas a seguinte estação se aproximava. Começaram a aparecer pequenos casebres, como num filme da idade média e, quase repentinamente, o começo duma cidade. O trem se deteve lentamente. Apareceu na sua janela a velha estação da cidade, típica duma cidadezinha do interior, apenas um casarão velho e despintado. Com cores que nalguns tempos foram verdes azulados. Portas e janelas grandes com grades negras. Anunciou-se uma parada de vinte minutos. Quase todos os passageiros desceram, ela aproveitou e acendeu um cigarro. Sentia falta dele, mas não gostava de se encerrar no banheiro para fumar. Fazia-lhe lembrar nos tempos da escola, quando fumava no banheiro com essa mistura estranha de fedores... Comprou no quiosque da estação um maço de cigarros e uma água mineral, acabou o cigarro, o atirou nos trilhos e subiu. Ainda restavam mais dez minutos para o trem partir. O tempo continuava passando e o comboio não partia. Ela reparou que no seu vagão não tinha subido a sua única colega de viagem. Será por isso que ainda não partíamos? Ouviam-se de longe as sirenes de emergência, que, rapidamente, começaram a soar com mais força. Isso estava indicando proximidade com a estação de trens da cidade. De repente, entraram correndo vários policiais armados e subiram no vagão. Foram direto para ela, pegaram-na dos braços e lhe disseram: “Senhorita Amalia Leiva, fica detida pelo assassinato da Senhora Paulinha Da Silva Brito, passageira deste vagão”. “Pode ficar calada, tudo o que você diga pode ser usado na sua contra nos tribunais federais”. “Caso não tiver como pagar um advogado, ele será fornido pelo Estado Federal”. E subiram-na no carro policial, algemada. PERGUNTAS: 1) Por que detiveram Amalia? 2) Foi ela a assassina? Por quê? 3) Não foi? Então, quem foi? Por quê? 4) Quais foram as provas que tinha a polícia para deter Amalia?

Um comentário:

  1. Horácio MIranda,

    Há uma resposta para essa atividade???? Digo, para esse mistério? Há uma soluçao??? É que a utilizei com meus alunos mas tenho q ter a resposta para comparar com as deles. Agradeceria se você me respondesse. Obrigada!!!!

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